A Hortaliça

www.hortifruti.org

Bonito, mas não entendo direito.
Edição #038, de 3 de novembro de 2002.
Edição especial, com cheiro de amêndoas. Aproxime-se do título.
Dedicada aos limões, cronópios e catalupos.

hortalica@gmail.com
"Son lindos los limones y además no hablan"

 

"A entrevista coletiva televisionada é a idéia mais tola desde o bambolê"
(James Reston, editor do Times)

 

EDITORIAL
 

Acordou com a nuca doendo e percebeu que os olhos não se desgrudavam tão fácil - além disso, inexplicavelmente, estava no Chile.

Marivaldo olhou o relógio e era hora de procurar latinhas de alumínio, pois o sol logo se punha e ele não teria o que comer. De novo. Tirou do bolso um drops mentolado, que ganhara numa rifa, e levantou-se. Ao erguer os olhos, constatou que ainda estava no deserto de Atacama, cercado de curiosos e de bolas de feno. Até os cactos falavam espanhol. Amassou o pacotinho de drops, temendo que as pessoas quisessem roubá-lo, e grunhiu, como de costume.

Queria que todos parassem de olhá-lo. Talvez fosse a espinha no nariz, o topete desalinhado, as bochechas disformes ou sua testa, que poderia ter se transformado de repente num desentupidor de pias (nunca se sabe, nunca se sabe).

Pensava nisso quando o enfiaram numa jaula e carregaram-no para a cidade mais próxima, que se chamava Próxima (pois era uma não-cidade, assim como o Amanhã é um não-dia), onde tiraram suas impressões e lhe pediram autógrafos. O baiano Marivaldo Amorinho de Souza, 24 anos, foi interrogado pelo xerife, a quem declarou ser inocente, seja lá qual fosse a acusação (tinha sido o coronel Mostarda, com o castiçal, na Sala de Jantar). Ele era gente honesta, limpinha e de bem - mas não sabia onde estava não senhor, nem como diabos tinha ido parar ali. A última coisa que lembrava era de ter assoprado bolhas de sabão, sentado na calçada de casa. A quatro mil quilômetros dali.

"O aparecimento, num deserto do norte do Chile, de um andarilho brasileiro, desidratado e faminto, é um mistério para as autoridades chilenas". Foi fichado, preso e condenado. Uma pessoa de bem não apareceria, simplesmente, em um lugar estranho cheio de bolas de feno, sem dar satisfação a ninguém. Nem a si mesmo. O investigador de polícia disse que Marivaldo havia passado 72 horas sem dormir (como a Stephanie), e de repente começara a andar, desacordado e para frente, até que chegara no Chile e se considerara satisfeito. Então, caiu de cara no chão e esperou ser resgatado. A dona Dulce, por sua vez, chegou com um recorte de jornal, sobre um garotinho romeno que saíra com seu triciclo de madrugada e fora encontrado vários dias depois, na Alemanha.

Já o prefeito achava que Marivaldo tinha pacto com o Capeta, ou entrara num dos 3 Portais em São Tomé das Letras, que sugaram-no a um vórtex atemporal, onde ele viveria para sempre, em todas as eras e todos os lugares. O tio do pastel não estava interessado no assunto. Sua esposa, no entanto, achava que tinha a ver com o ciclo das marés. Ou com o desaparecimento de três hienas do Zoológico Municipal de Itaparica, na mesma época. Ou ariranhas, tinha que ter alguma relação com as ariranhas, por favor, pelo menos isso.

Uma semana depois, quando Marinalvo já prestava serviços compulsórios como moedor de carne (já experimentou? Aperte um naco de bife com a mão esquerda e ouça-o fazer *schlopt*), e após os jornais esquecerem o assunto, três senhores de terno preto entraram no Chile às escondidas. Surgiram de três enormes vasos de barro, da avenida central da cidade, com seus walkie talkies, óculos escuros, gravatas e sapatos-bomba. A operação foi rápida e Marinalvo nunca mais foi visto -- os únicos indícios que restaram dele foram dois frascos de detergente e uma enorme bolha de sabão, grudada na borda da pia.


:: HAPPY NEW YEAR ::
por Julio Cortázar (.. un sapito que duerme así contento)

Mira, no pido mucho,
solamente tu mano, tenerla
como un sapito que duerme así contento.
Necesito esa puerta que me dabas
para entrar a tu mundo, ese trocito
de azúcar verde, de redondo alegre.
¿No me prestas tu mano en esta noche
de fin de año de lechuzas roncas?
No puedes, por razones técnicas. Entonces
la tramo en aire, urdiendo cada dedo,
el durazno sedoso de la palma
y el dorso, ese país de azules árboles.
Así la tomo y la sostengo, como
si de ello dependiera
muchísimo del mundo,
la sucesión de las cuatro estaciones,
el canto de los gallos, el amor de los hombres.

:: "HORA DE FAZER UMA BESTEIRA" ::
por Antonio Maria, em coletânia de crônicas da Paz e Terra

Quando eu fiz quinze anos, ganhei um relógio de pulso e cinco mil-réis. Olhei os ponteiros, vi que era hora de fazer uma besteira e entrei no botequim. Estávamos veraneando em Boa Viagem e, quando era de tardinha, o pessoal da minha idade vinha, de banho tomado e roupa limpa, inventar mentira sobre as moças -- namoros, bolinagens veladas, agrados sinistros, tudo mentira, tudo imaginação. No dia dos meus anos, em vez de conversar essas coisas, compramos uma garrafa de bagaceira Pingo de Uva e eu, sozinho, para ganhar uma aposta de dois mil-réis, bebi toda. Anoiteceu, me deixaram na praia, a maré desceu e me levou. Quem deu por mim foi um negro chamado Paulo, que tinha ido molhar os pés na franja da onda. Não sabia onde eu morava, nem o nome de minha mãe. Saiu, andando comigo no ombro, perguntando a todo mundo e, aos poucos, mais de cem pessoas acompanhavam o menino bêbado, desacordado, que o mar ia levando. Quando acordei eram três da madrugada e minhas irmãs choravam ao pé da minha cama. Quando compreendi a gravidade daquele momento, comecei a chorar também -- choramos em coro, cinco pessoas, até seis horas, sem dizer uma palavra, quando dormimos abraçados, com o pecado e o sofrimento lavados pelas nossas lágrimas quentes.


:: ATENÇÃO ::
aviso essencial, sem o que não podemos continuar

Marcelo Benvenutti não é um escritor. É um ladrão, e deve ser tratado como tal.


:: HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA - O IAQUE ::
nesta edição, o jornalista Michael James (por Gay Talese, em O Reino e O Poder).

Michael James tinha também senso de humor, vendo o mundo de um modo peculiar; não era o planeta sólido e sério conhecido da maioria dos jornalistas do Times, mas um lugar precário, vacilante, dominado por idiotas. Essa atitude ficava evidente em suas reportagens e por isso, além de suas explorações no exterior, Michael não demorou a ser considerado um trunfo questionável do Times. Fazia gastos enormes e exóticos, tendo certa vez contratado um iaque para transportá-lo e a seu equipamento numa missão do Norte do Paquistão. Ficava às vezes sem dar notícias durante dias ou semanas e depois aparecia subitamente em Bonn ou Paria com um macaco de estimação nas costas. Publicou uma reportagem dramática sobre uma ofensiva dos rebeldes argelinos com a qual ninguém concordou. (...) Certa vez, conseguiu que o Times publicasse em sua campanha de caridade anual dos "Mais necessitados" uma doação de um dólar em memória de um velho jornalista mal-humorado que ainda estava vivo e trabalhando no jornal.

:: A VERDADE ::
Novalis, numa coletânea de crônicas de Antonio Maria, da Paz e Terra

Quanto mais poético, mais verdadeiro.


:: AMÊNDOAS ::
por Julio Cortázar, em 62: Modelo Para Armar.

Austin tomou conhecimento de como Polanco esperava, temorosamente, com uma ansiedade na qual entravam as noites, o amor e o ranger das amêndoas salgadas de que Célia gostava tanto, e Célia também tomou conhecimento, as cerimônias previsíveis, os sussurros da nova linguagem, totalmente esquecidos que era preciso começar a viver, deitados de barriga pra cima olhando a clarabóia onde às vezes passavam os pés de uma pomba e as sombras das nuvens. Já tão longe daquela primeira noite em que Célia havia murmurado: "Vira, não quero que você me olhe", enquanto seus dedos inseguros procuravam os botões da blusa. Eu me despira mais longe, meio escondido pela porta encostada do armário, e ao voltar havia enxergado o desenho de seu corpo sob o lençol, uma mancha de sol em cima do tapete, uma meia que parecia flutuar na barra de bronze da cabeceira da cama. Esperara um momento, incapaz ainda de acreditar que tudo aquilo era possível, jogara um roupão em cima dos meus omvros e depois, de joelhos junto à cama, puxara o lençol lentamente até ver despontar o cabelo de Célia, seu perfil colado ao travesseiro, os olhos fechados, o colo e os ombros, daí algo como uma deusa menina saindo lentamente da água enquanto o lençol continuava descendo e o mistério se tornava sombra azul e cor-de-rosa sob as manchas de sol da clarabóia, um corpo Bonnard nascendo traço a traço sob minha mão que puxava o lençol reprimindo o desejo de arrancá-lo de um puxão, revelando o mistério do nunca visto por ninguém, o nascimento das ancas, os seios mal defendidos pelos braços cruzados, a cintura fina, o sinal do nascimento das ancas, a linha de sombra que dividia sua carne e se perdia entre as coxas protetoras, a lisura da parte de trás do joelho e outra vez o familiar, a barriga das pernas bronzeadas, o diurno e comum depois daquela zona guardada, os tornozelos e os pés como cavalinhos adormecidos no fundo da cama. Incapaz ainda de alterar sua imobilidade oferecida e temerosa ao mesmo tempo, inclinei-me sobre Célia e olhei de bem perto aquele país suave de orografia. Passou tanto tempo, talvez com os olhos fechados o tempo fosse diferente, no começo fora um grande silêncio, um sapato caindo no chão, uma porta de armário que guinchava, uma proximidade, pois sentira que os lençóis escorregavam pouco a pouco, e a cada instante eu havia esperado o peso de seu corpo contra o meu para virar-me e abraçá-lo e pedir-lhe que fosse bom e tivesse paciência, mas o lençol continuou escorregando e tive medo, uma imagem diferente voltou por um segundo e estive a ponto de gritar, mas era bobagem, sabia que era bobagem e teria preferido virar-me de repente e sorrir-lhe, mas não queria vê-lo assim nu como uma estátua junto da cama, continuava esperando enquanto o lençol descia até que eu também me senti nua e não agüentei mais e me ergui virando-me, e Austin estava embrulhado num roupão, de joelhos e me olhando, e eu procurei o lençol para me cobrir mas ele o havia jogado longe e agora me olhava de frente e suas mãos procuravam meus seios, anoitecer, clarabóia sombria, passos na escada, ranger do armário, tempo, amêndoas, os chocolates, a noite, o copo de água, estrela clarabóia, calor, água da colônia, vergonha, cachimbo, manta, vira-te, assim, cansada, sentes? me cobre, batem à porta, me deixa, sede, você cheira a mar agitado, você a fumo de cachimbo, quando era menino me davam banho com água de forragem -- quando era menina me chamavam de Lala, está chovendo? aqui você pe morena, bobo, estou com frio, não me olhe assim, me cobre de novo, amêndoas, quem te deu esse perfume? Acho que foi Tell, por favor, me cobre mais um pouco, mas então era medo, por isso você ficava quieta? sim, já te conto, desculpa, não pensei que você ia ter medo, só achei que você estava esperando, é claro que esperava, que te esperava.

-- Sabe, fico tão satisfeito que tenhamos esperado -- disse Austin -- Não posso te explicar, me sentia como... Não sei, um pássaro marinho suspenso no ar em cima de uma ilhota, e teria querido ficar assim toda a vida antes de pousar na ilha, oh ri, sua grande tola, estou explicando como posso, e além do mais não era verdade que eu tivesse querido ficar assim a vida toda, é claro que não, de que teria adiantado isso sem o depois, sem te sentir chorar junto a mim.
- Cala -- disse Célia, tapando-lhe a boca. -- Grande bruto.
- Sem jeito, boba, ineficiente, escorregadia, errada.
- Sem jeito é você. Olha.
- Não há nada que possa me parecer mais lógico.
- Porque não é você quem se dá ao trabalho.
- Vou levá-la para o terraço -- disse Austin magnânimo.
- Amêndoas -- disse Célia.

:: DEAD MAN ::
do filme de Jim Jarmusch

Nobody: Did you killed the white man who killed you?
William Blake: I'm not dead.


:: ANOTAÇÃO FORTUITA ::
ainda sobre o tópico acima

...E de repente, do nada, as pessoas do trem se levantam de seus assentos e começam a atirar em búfalos.

:: DO MENDIGO ::
por Antonio Maria

Copacabana, de madrugada. O homem bem vestido aproxima-se do jovem mendigo e pergunta:

-- Por que você pede esmolas?
-- Para beber -- responde o mendigo.
-- E por que você bebe?
-- Para ter coragem de pedir esmolas -- responde o mendigo, com revolta.


:: RAYUEL-O-MATIC ::
não sobrou o 62. Diabos.

Este distinto zine está apoiando o projeto Rayuel-o-matic, que vai publicar na Web o conteúdo integral (em capítulos linkáveis entre si) do livro Rayuela (O Jogo da Amarelinha), do nababesco Julio Cortázar. Estamos abrigando debaixo de nossa benevolente lona amarela os capítulos 65 e 116, em português e espanhol. Para participar, é só escolher um dos capítulos ainda disponíveis no índice, copiá-los (do original) e publicá-los em algum site.


:: ... PARABÉNS? ::
mensagem curiosa, em http://kevan.org/brain.cgi?Vanessabárbara

Congratulations!
You have been zapped by an alien reanimation beam, or cursed by a mysterious Haitian druggist, or bitten by an escaped, virus-carrying monkey, or something, and are now a zombie, for all intents and purposes.


:: LINKS ::
links idiotas para "homens brancos estúpidos"

>>> http://www.hmhb.co.uk/
HALF MAN HALF BISCUIT.

>>> http://kevan.org/guestbook.cgi - Two word Guestbook
o único Guestbook do mundo de apenas DUAS PALAVRAS. Dê sua contribuição.

>>> http://www.misprintedtype.com - Misprinted Type


:: DICIONÁRIO DAS IDÉIAS FEITAS ::
por Gustave Flaubert, em Bouvard e Péchuchet (parece um leão-marinho)

Ruínas -- Fazem sonhar e tornam poética a paisagem.

Republicanos -- Nem todos os republicanos são ladrões, mas todos os ladrões são republicanos.

Religião -- É uma das bases da Sociedade. -- É necessária aos povos, mas moderadamente. -- "A religião de nossos pais", deve-se dizer com unção.

Ruivas -- (vide Louras, Morenas, Brancas e Negras).

Relógio -- Só os de Genebra são bons. -- Nas mágicas, quando um personagem tira o relógio, deve ser necessariamente um "cebolão". Essa brincadeira é infalível.


:: PÁGINA DOS CRONÓPIOS ::
http://www.geocities.com/Athens/8559/pagina.html

"Yo había pensado en construír una página.
Pensé en limones, son lindos los limones y además no hablan."

[Há os que pensam em limões, cronópios ou catalupos. Varia.]


:: DESLUMBRAMENTO ::
por Antonio Maria

Hoje, esta véspera de São João me encontra na distância em que voluntariamente me coloquei, lamentando, em silêncio, a morte da minha capacidade de deslumbramento.


:: EMAIL-RESPOSTA: NÃO É NECESSÁRIO SELAR ::
mais emails esquisitos, como se não fossem o bastante.

- - - Original Message - - -

Por Deus!

Estou cansada de receber os boletos dos senhores e deparar-me com o meu belo último sobrenome alterado para PAULINA.

Veja bem, caro(a) amigo(a). Não sou madre, nem tenho aptidão para caridade. Não quero ser promovida a santa! Basta! Corrijam o mais rápido possível este insulto. Alterem, agora corretamente, meu último sobrenome para PEREIRA. Quer sobrenome mais simplório que este: PEREIRA Simples, não? A distante ascendência judaica não me deixa mentir.

Perdoem-me o tom exaltado, é que é simplesmente irritante ser chamada pelo o que não se é. É a boa e velha identidade capitalista que está ameaçada. Salvem-na!

Seja para quem for esta mensagem:

Cubra-se de sobrenomes!
TATIANA PINHEIRO PEREIRA.


:: CHARLOTTE S'EVEILLE ::
por Aristóteles, no livro III da Política

Dizem que por ocasião da captura da Babilônia uma parte considerável da cidade só tomou conhecimento do fato dias depois.


:: CORRESPONDÊNCIA ::
e-mails reais, bisonhos e suspeitíssimos, interceptados por um inocente nenúfar.

"AS TÚCIAS"

A família Túcias era composta de três irmãs (altas, magras, desajeitadas e de franjas) que iam ao mercado todas as quintas-feiras, desde 1944. A mais nova era encarregada de separar as latas de atum, a do meio cuidava dos vasilhames e a velha Túcias só comprava raízes e tubérculos, como é de costume na Bélgica (ao mais velho, as batatas). Há cinqüenta e oito longuíssimos anos todas essas coisas se repetiam. Pois não é com muito assombro que a essa altura do conto confesso: as Túcias nunca tinham tomado sorvete.

Eu ia dizer que o fígado delas devia ser mesmo enorme, mas acabei desistindo e considero morto esse fragmento desconexo de coisas. Assim como considero morto esse desconexo naco de email, agora e para todo o sempre. *Blaff* - e fez-se uma nuvem de radiação.

Idéia para um provável poema: Se ao menos eu fizesse sentido.

:: VOCÊ PERGUNTA, NÓS NÃO DAMOS A MÍNIMA ::
Questionamentos sadios de uma sociedade doente.

??? (a pergunta é do Zé, que realmente existe) Estava eu a meditar, enquanto assistia O Retorno de Jedi (que deveria ser O Retorno DO Jedi), quando, no final do filme, percebi uma coisa:
Em Uma Nova Esperança, quando a Estrela da Morte é destruída, ela já tinha sido construída, e, portanto (e basicamente) morreram apenas soldados imperiais e algo do gênero.
Em Retorno, a Estrela da Morte ainda não está completa, significando que deve haver centenas de trabalhadores - muito provavelmente autônomos que podiam nem mesmo gostar do Império e estavam lá apenas para poderem alimentar sua família, pois o Império não teria capacidade para dispor de todos os seus soldados na construção da estação de batalha - finalizando o serviço no momento em que Lando Calrissian e Wedge Antilles destroem-na.

Assim, mesmo sendo um devotado fã da sagrada trilogia, e um torcedor eterno dos da Aliança Rebelde, acho que tenho o dever de perguntar: isso não é errado?

Resposta da redação –
Caro Zé: a Força já tinha se reunido com o Sindicato dos Trabalhadores de Estrela da Morte. Eles disseram que nunca, nunca iriam trabalhar para aqueles pândegos, aquela horda negra de mal-intencionados, e, assim, passaram a receber tapinhas amigos nas costas e fundos de pensão da Aliança Rebelde.

Desta feita, no momento da destruição, os que trabalhavam na reconstrução eram apenas robôs ou pessoas bem próximas disto, motivo pelo qual você não deve se preocupar. A Damnzine Co. agradece pelo interesse.


EXPEDIENTE

Este Zine é impessoal, objetivo e imparcial. Computadores meticulosamente programados desenvolvem os textos, se emocionam, revisam e publicam a visão neutra e apolítica da coisa toda. O único responsável é a instituição "Da Redação".

... Para ser lido na maldita hora da noite em que tudo é engraçado (que vem logo após a hora em que nada faz sentido e antes daquela em que tudo faz sentido)
- Stephanie A.

## Você está recebendo o !!DAMN!! Zine porque estava na lista de indivíduos manquitolas da lista negra dos Illuminati. Ou então, ou então! Você está recebendo o !!DAMN!! Zine porque foi um dos 139 mil nomes escolhidos entre todos os possíveis do mundo, sorteados em uma grande urna chinesa. Você e Li-Ching-Yang. Caso não queira voltar a receber este monte de bobagens, mande um e-mail para vmbarbara@brfree.com.br, e escreva na linha de assunto: "Me deixem em paz, pelas barbas de Tutatis!". Se quiser que mais vítimas recebam o Zine, também escreva para esse e-mail mandando o endereço dos condenados e o número e senha de suas contas bancárias. Se quiser usar cartão de crédito, basta fornecer o número. (Be afraid. Be VERY afraid.) ##

"Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que ri cuidado para que não babe".


God is coming.
Look busy.



2005 Vanessa Barbara