A Hortaliça

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Trocadilhos tolos e conduta absurda
Edição #019, de 25 de maio de 2002.
Não é permitido carregar objetos que interfiram no conforto e segurança dos leitores.

hortalica@gmail.com
Edição especial de aniversário do Zé

 

"Até hoje nunca encontrei um homem sem humor que tenha compreendido a dialética de Hegel"
(Bertolt Brecht)

 

EDITORIAL
Vanessa Barbara
 

A Praça do Relógio.
À direita podemos vislumbrar a apoteótica Praça do Relógio, com seus 17 tipos diferentes de flora e o inigualável obelisco marmóreo de 20 metros que ostenta em seu topo um relógio analógico de Durkheim, na Suíça. A cada semestre, a vegetação da praça é arrancada e substituída, sistemática e compulsivamente, por outro tipo de folhagem. Isso acontece devido à secular briga entre os alunos de Botânica, ansiosos por desenvolver novos tipos de flores tropicais, e os acadêmicos de Agricultura, que desejam apenas um pedacinho de terra para plantar milho.

Distraída, Lanolina mascava chicletes. Ela tinha pés tortos, aparelho nos dentes, uma mochila enorme, duas gomas de mascar mentoladas e uma predileção doentia por livros de capa dura. Andava pela calçada a pensar em cactos – mas quem pensaria nisso uma hora dessas, com forças terríveis conspirando contra sua sorte? – quando entrou em um atalho e pisou numa buganvília. Nota: O departamento de Flora censurou este trecho e trocou "buganvília" por "begônia", sem alterar o pacato curso da história. Pois bem, os sapatos de pelica de nossa heroína tocaram um canteiro de buganvílias (lê-se: begônias), e neste exato momento um alarme ressoou por todo o campus da universidade, obrigando-na a parar, tossir e olhar para os lados.

Uma trupe de cidadãos vestidos de preto e cinza, feios pra burro, saiu dos buracos de semente da cintilante Praça, a correr atrás de Lanolina. Digo isto porque ela realmente saiu em disparada, largando mochilas, aparelho e chicletes pelo caminho, desesperada meio sem saber por quê. Eram dezenas de seguranças armados do departamento de Botânica, que rangiam os dentes e clamavam por justiça - Lanolina havia pisado no canteiro das begonvílias e abreviado a vida das adoráveis plantinhas em 8 minutos e doze segundos. A espécie que maltratara (isso tudo estava sendo explicado em um megafone, pelo professor de História Vegetal, durante a perseguição) fora geneticamente criada para durar exatamente seis meses, e perecer nas mãos dos assassinos de Agronomia, justamente no dia da troca. Lanolina estragou tudo, e agora as plantas morreriam antes. Dali a exatos 3 meses e 2 dias, para ser mais preciso. Uma vida a acabar bastante cedo, sem dúvida, mas não tão cedo quanto a de Lanolina, que ficou por ali mesmo - estirada na calçada da Travessa J, sob o sol de quarta-feira, atingida por uma violentíssima rajada de pinhas gigantes.


:: ILUSTRES DA EDIÇÃO ::

Esta edição conta com as ilustríssimas e veneráveis participações do senhor Keuner e do camarada Eak, do Homem-Aranha e da Stephanie, de Brecht, Quintana, Gustavo Bühler, Ferreira Gullar e finalmente do garoto canhoto belga, Alisson Villa. Com tantas criaturas feéricas e fictícias numa só edição, só nos resta lamentar a ausência do Zé, o homenageado desta edição de aniversário. Os antebraços te saúdam!


:: AOS QUE VIRÃO DEPOIS DE NÓS ::
por Bertolt Brecht, nosso novo contratado

I
Eu vivo num tempo sem sol.
Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,
uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ri ainda não recebeu a terrível notícia.
Que tempos são esses, quando
falar sobre árvores é quase um crime
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça!
Aquele que cruza tranqüilamente a rua
Já está então inacessível aos amigos
que se encontram necessitados?
É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.
Mas acreditem: é por acaso. Nada do que eu faço
me dá o direito de comer quando eu tenho fome.
Por acaso eu estou sendo poupado (Se a minha sorte me deixa, estou perdido).
Me dizem: come e bebe! Fica feliz por teres o que tens!
Mas como é que eu posso comer e beber,
se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?
se o copo de água que eu bebo, faz falta a quem tem sede?
Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.
Eu queria ser um sábio.
Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:
se manter afastado dos problemas do mundo
e sem medo passar o tempo que se tem para viver na terra;
seguir seu caminho sem violência,
pagar o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.
Sabedoria é isso!
Mas eu não consigo agir assim.
É verdade, eu vivo num tempo sem sol!

II
Eu vim para a cidade no tempo da desordem,
quando a fome reinava.
Eu vim para o convívio dos homens no tempo da revolta
e me revoltei ao lado deles.
Assim se passou o tempo
que me foi dado viver sobre a terra.
Eu comi o meu pão no meio das batalhas,
Para dormir eu me deitei entre os assassinos.
Fiz amor sem muita atenção
e não tive paciência com a natureza.
Assim se passou o tempo
Que me foi dado viver sobre a terra.

III
Vocês, que vão emergir das ondas
em que nós perecemos,
pensem,
quando falarem das nossas fraquezas,
nos tempos sem sol
de que vocês tiveram a sorte de escapar.
Nós existíamos através das lutas de classe,
Mudando mais seguido de pais do que de sapatos, desesperados.
quando só havia injustiça e não havia revolta.
Nós sabemos:
o ódio contra a baixeza
também endurece os rostos!
A cólera contra a injustiça
faz a voz ficar rouca. Infelizmente, nós,
que queríamos preparar o terreno para a amizade,
não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos.
Mas vocês, quando chegar o tempo
em que o homem seja amigo do homem,
pensem em nós,
com um pouco de compreensão.


:: MANCHETES ::
por Alisson Villa, bucolico@hotmail.com

Ecos se rebelam e mudam o sentido da frase
Poemas fazem greve por melhores metáforas
Atônita, Aliteração acaba abandonada em aterro afastado de Anápolis
Verbo inacabado tumultua vida de predicado
Música afônica ensurdece formigas
Mais uma geleira estuprada pelo sol
Tempo pára e relógios perdem emprego
Sol e Chuva assumem paternidade de arco-íris
Adjunto Adverbial de Lugar desaparecido há três meses
Girassol apaixona-se por lua cheia
Fuga de Bach mobiliza polícia

:: GOSTO POR MACHADO ::
por Mr. Eak, o garoto dos três milhões de Eaks

Silvia gostava de roer a borda de livros. Não de qualquer livro, claro, e nem qualquer borda. Tinha que ser, pelo menos, daqueles livros que imitam couro, vermelhos, se possível, e nunca pretos (não era racismo: Silvia achava que aquele plástico preto parecia um monte de formiga picada depois que ela arrancava pequenos pedaços com os dentes, e ela tinha nojo de formiga). Ela também não gostava de livro grande, tipo Moby Dick ou Decamerão, porque não dava a empunhadura correta. A não ser que fosse em dois volumes, como acontece com a maioria das edições de Vinhas da Ira ou Crime e Castigo. As folhas também não podiam ser muito velhas, amareladas, porque ela espirrava. Por isso seus livros eram muito bem cuidados – com exceção da capa, claro.
Um dia, Silvia conheceu Romeu, que trabalhava como encadernador na rua Aurora. Estavam num sebo, na seção de literatura estrangeira.

- Você viu algum do Hemingway? Ele perguntou.
- Tem Adeus às Armas ali. Você gosta dele?
- Gosto. E você?
- Já devorei todos.

Apaixonaram-se. Mais ainda depois que ela descobriu no que ele trabalhava. Ele, quando viu os livros dela na prateleira, propôs, na hora, trocar a capa de todos. Quando ela viu que ele usava material importado, muito mais gostoso que qualquer coisa que ela já havia provado, a paixão tomou um ritmo alucinante. Ela comprava dúzias de livros em sebos, que ele encadernava com prazer. Ela consumia um livro por dia, enquanto via novelas, a maior parte. Mas também levava para o trabalho e, quando ia no banheiro, levava seu Admirável Mundo Novo para dar uma bicada. Antes de dormir, sempre beliscava os García Marquez que ele encapou com azul anil.

Em um certo Natal, num ápice de loucura por amor, Romeu deu a Silvia a coleção completa de Machado de Assis.

- Para você experimentar a literatura brasileira também, que tem muita coisa boa.

Ela adorou. Passava as noites degustando seus novos livros de capa dura verde musgo com cheiro artificial de couro. Achou Machado uma delícia, suave, mas ao mesmo tempo denso. Não sobrou um.

Romeu, entretanto, um dia surpreendeu-a no quartinho da biblioteca mascando um Kafka.

- Que que é isso, Silvia? Tá comendo os livros?
- Não é o que você está pensando!

Não adiantou. Romeu ficou muito magoado, ainda mais depois de ver todas as suas encadernações em pedaços. "Uma arte, Silvia, era uma arte!", dizia cabisbaixo enquanto ela tentava impedir que ele saísse pela porta. Mas saiu. Nunca mais voltou.

Silvia, com o choque do amor perdido, parou de comer capas de livros. Mas não melhorou nada: agora, para distrair, ficava horas pendurada no telefone.


:: BONITA ::
por Ferreira Gullar

Você é mais bonita que uma bola prateada
de papel de cigarro
Você é mais bonita que uma poça d’água
límpida
Você é mais bonita que uma zebra
que um filhote de onça
que um Boeing 707 em pleno ar
Você é mais bonita que um jardim florido
em frente ao mar em Ipanema
Você é mais bonita que uma refinaria da Petrobrás
de noite
mais bonita que Ursula Andress
que o Palácio da Alvorada
que o mar azul-safira da República Dominicana

Olha,
você é tão bonita quanto o Rio de Janeiro
em maio
e quase tão bonita
quanto a Revolução Cubana.


:: UMA BORBOLETA ::
por Mário Quintana

Cada vez que um poeta cria uma borboleta, o leitor exclama: "Olha uma borboleta!"
O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura:

- Ah! Sim, um lepidóptero...


:: TRISTE FIM DA PEDRA ::
por Gustavo Bühler, buhler@ig.com.br

E a pedra caiu. Despedaçou-se, estilhaçou-se, esfarelou-se. Um fim triste, ao meu ver, pois não atingiu nenhum pé.

:: HISTÓRIAS DO SENHOR KEUNER ::
por Bertolt Brecht

Um homem que não via há muito tempo o senhor K., cumprimentou-o nestes termos: "Você não mudou nada".
"Oh!", disse o senhor K., ficando inteiramente pálido.

:: O QUE DISSE? ::
por Steven Wright, colaboração de J. Horst

Right now I'm having amnesia and deja vu at the same time. I think I've forgotten this before.


:: ROLF, O CÃO QUE ACHA COISAS ::
a Reader's Digest dá o tom, nós completamos as matérias.

Antes de começar, deixemos uma coisa bem clara: após discussões acaloradas na Redação, resolveu-se fazer esta matéria autoritariamente, mesmo. A redatora que cá escreve jura que Rolf é o cão que acha coisas, bastante opinativo e comentarista dos assuntos de relevância nacional - o resto do Zine, desprezivelmente bobo, disse que Rolf apenas executa o trabalho de Longuinho (o Santo), a achar pedaços de grampo, meias, chaves perdidas, criancinhas com medo. O que (convenhamos) não teria a menor graça. Findo este aparte, vamos às considerações gerais.

Nosso repórter especial A. Villa encontrou Rolf esta manhã nos arredores de um decadente bar da zona leste, jogado na sarjeta a conversar com A. Eak (o velho bêbado da redação) e a intelectual Luft - a minhoca que faz contas. Rolf havia sido demitido de seu emprego em uma repartição pública por não executar fielmente o trabalho a que fora designado - obviamente, o de achar coisas. No sentido bíblico de tudo, diga-se de passagem. Pois os funcionários, a secretária e o chefe pediam para que Rolf encontrasse suas dignidades perdidas, seus pacotes de folha sulfite, os documentos protocolados, o cofre com 3 milhões que desapareceu esta manhã, mas Rolf apenas se sentava em seu cubículo com ar-condicionado, ajeitava os óculos, latia e postulava: "creio que esses pequenos acontecimentos são apenas reflexos de uma política leviana adotada por esta lamentável empresa, a encorajar pequenos furtos esparsos no aparato administrativo do Governo, e, conseqüentemente, roubos cada vez maiores e mais bem planejados. Acredito que seja preciso desenvolver, com bastante urgência, uma cultura corporativa de..." - e a secretária Motors (filha do General Motors, que lhe deu este emprego) saía da sala meio nervosa, para procurar as folhas sulfite por si mesma.

Pois Rolf estava cansado de ser apenas um cão inglês, daqueles que farejam crimes e prendem os suspeitos, e gostaria de adquirir renome na praça por sua característica opinativa invejável. Luft - a minhoca que faz contas, acreditava que 40% dos cães farejadores tinha esse mesmo problema, mas nenhum deles possuía o dom celestial de Rolf: ele realmente achava coisas, tinha uma posição ideológica bastante forte sobre todas as questões importantes, e merecia ser ouvido. 642 dos 985 cães não sabia nem lamber as patas, quanto mais discutir sobre política externa dos países árabes (Luft era a melhor amiga de Rolf, e se achava 87% mais legal que as outras minhocas).

Bom, tudo isso aconteceu há uns 4 anos, antes de Rolf conhecer Pineápolis, o Ouriço Que Deita e Rola, e fazer maiores contatos com setores progressistas do governo (que tomavam lições com Ápolis). Desde então, os ministros da justiça, da agricultura e do desporto, reunidos em assembléia extraordinária, contrataram o cérebro avantajado de Rolf, o Que Acha Coisas, e aos poucos ele foi tomando o lugar do porta-voz oficial da presidência, Carlos Átila. Hoje Rolf é a cabeça que fica atrás do púlpito, soprando os discursos para os representantes do Governo Federal (Paulo Renato, pobrezinho, não faria nada sem os conselhos de Rolf), mas sua maior função é redigir as palestras sociológicas que Fernando Henrique ministra na Sorbonne, Massachussets. A secretária Motors, que ainda não encontrou suas folhas de sulfite, ainda procura Rolf no meio da madrugada para pedir que encontre seus óculos no escuro (eles são casados) e a molengamente talentosa Luft (a poliqueta que faz contas) adoece de desgosto todas as sextas-feiras, porque Rolf além de inteligente é um pedaço de mau caminho - mas ela não consegue declarar seu amor sem dizer que 96% das minhocas se apaixonam por seres de sua mesma espécie, sendo que....

(encorajamos nossa recepcionista, Ex-téfani a redigir outra versão sobre as peripécias de Rolf, o Cão Que Acha Coisas. Ou quem se julgar apto a fazê-lo).


:: CORRESPONDÊNCIA ::
e-mails reais, bisonhos e suspeitíssimos, interceptados por uma inocente buganvília.

Olá. Comecemos pelo Modo de usar.
Gire a válvula branca (especificada na cor verde) em direção a Boroeste. Posicione o tubo de saída (o que tem a inscrição "in") de modo a criar uma perpendicular entre sua narina direita e, digamos, os azulejos. Feche os olhos e proteja a testa com o pedaço de gaze que veio dentro do Kit de Numismática (a sacola azul que você disse q não ia servir pra nada). Aperte o botão C (indicado pela letra E-5) e solte tudo. Comece, então, a montar o Suporte do aparelho, com os palitos cor-de-rosa que deveriam vir junto com o resto da Coisa. Não olhe para o estrago que está sendo feito, e seja ágil. Quando terminar de montar o Suporte (não siga as instruções do manual, é tudo bobagem e você pode perder as pernas), corra para a janela e liberte os animais que ainda restaram. Pegue o Aparelho com os cotovelos e gire em torno de seu próprio eixo. Encaixe no suporte. Os cotovelos, não o aparelho, seu estúpido. Repita a operação e fuja enquanto é tempo. Em alguns segundos ELES devem estar chegando.


:: PERDÍVEL ::
links dispensáveis para pessoas apressadas

- www.emcrise.com.br - Página de criptojornalistas (os que vivem em criptas?), com textos polissêmicos, logotipos estranhos e editores brigões. Leia, acompanhe e visite o site - antes que ele venha visitar você.


:: VOCÊ PERGUNTA, NÓS NÃO DAMOS A MÍNIMA ::
Questionamentos sadios de uma sociedade doente.

??? Homem-Aranha, a humanidade está em perigo, precisamos de sua ajuda! Faça alguma coisa por nós, Homem-Aranha!

Não.

??? Não? Mas como não, Homem-Aranha, não há mais ninguém na Sala da Justiça, os vilões estão prestes a destruir o planeta e milhões de vidas humanas, peloamordedeus, faça alguma coisa por nós, e lhe seremos eternamente gratos - eu prometo, Homem Aranha!!!!

Não.

??? Que absurdo, Homem-Aranha, eu pago uma fortuna em impostos e na hora em que eu mais preciso você me diz que não vai fazer nada, custa-me crer que você não vai impedir o extermínio de milhões e milhões de inocentes criancinhas em todo o mundo. Você não vai fazer NADA, Homem-Aranha???

Hmm... Não.


EXPEDIENTE

Este Zine é impessoal. Computadores meticulosamente programados desenvolvem os textos, se emocionam, revisam e publicam a visão neutra e imparcial da coisa toda. O único responsável é a instituição "Da Redação".

 

... Para ser lido na maldita hora da noite em que tudo é engraçado (que vem logo após a hora em que nada faz sentido e antes daquela em que tudo faz sentido) - Stephanie A.

Você está recebendo o !!DAMN!! Zine porque (oinc!) estava na lista de indivíduos manquitolas da lista negra dos Illuminati. Ou então, ou então! Você está recebendo o !!DAMN!! Zine porque foi um dos 139 mil nomes escolhidos entre todos os possíveis do mundo, sorteados em uma grande urna chinesa. Você e Li-Ching-Yang. Caso não queira voltar a receber este monte de bobagens, mande um e-mail para vmbarbara@brfree.com.br, e escreva na linha de assunto: "Me deixem em paz, pelas barbas de Tutatis!". Se quiser que mais vítimas recebam o Zine, também escreva para esse e-mail mandando o endereço dos condenados e o número e senha de suas contas bancárias. Se quiser usar cartão de crédito, basta fornecer o número.

!!DAMN!! Zine - o zine das coisas que foram, das coisas que são o que são, das que não são o que não são e das que poderiam vir a ser o que não foram. Perfeito para forrar o chão de barracas fajutas e para embrulhar mortadela. Parceiro do tablóide norte-americano "O Sol da Meia Noite", mas não olhe pra trás porque tem um fauno fritando ervilhas nas suas omoplatas.

"Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que ri cuidado para que não babe".


God is coming.
Look busy.



2005 Vanessa Barbara