De tudo um pouco

Postado em: 11th fevereiro 2013 por Vanessa Barbara em Crônicas, Folha de S. Paulo, TV
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Folha de S.Paulo – Ilustrada
11 de fevereiro de 2013

por Vanessa Barbara

No ar há doze anos, o “Le Haim!” (TV Aberta, sáb. às 19h) é uma espécie de “Programa Amaury Jr.” da comunidade judaica. O empresário e apresentador Markus Elman faz a cobertura de eventos sociais, cerimônias e lançamentos. Entrevista personalidades com drinques na mão, que às vezes se cansam e trocam o peso das pernas sem deixar morrer o sorriso.

Com sessenta minutos de duração, o programa possui quadros como “A Palavra do Rabino”, no qual Michel Schlesinger fala sobre as tradições e convida especialistas em outras religiões, e o pitoresco “Humor Judaico”, com piadas sobre a lojinha do Jacó e o cãozinho da dona Sara.

Recentemente o “Le Haim!” registrou um ato solene em homenagem a outra atração voltada ao público israelita, o “Shalom Brasil” (TV Aberta, sáb. às 21h).

No ar há dezessete anos, o “Shalom Brasil” é variado e procura seguir uma linha jornalística com reportagens sobre cultura judaica, artes, espetáculos, política e comportamento. Numa mesma edição, registrou a cerimônia de doação de um “Sêfer Torá” para a sinagoga do Morumbi e a semana de esportes radicais na colônia de férias do rabino Noach.

Num quadro sobre dicas de moda, a empresária Yaffie Begun reiterou: não há contradição entre beleza e “tzniut” (recato ou modéstia da mulher judia). Ela indicou uma blusa marrom sem mangas para usar por baixo de um vestido e falou sobre a questão da peruca.

Segundo a tradição ortodoxa, as mulheres casadas devem cobrir o cabelo natural com uma peruca (“sheitel”), às vezes confeccionada com porções do próprio cabelo. A empresária mostrou alguns modelos com cachos e advertiu que é preciso deixar o acessório nas mãos de um profissional gabaritado, pois “peruca não cresce”.

O rabino Shamai Ende explicou a proibição de tatuagens segundo a Torá e houve uma longa entrevista sobre a nova quadra de squash do clube Hebraica.

A tríade sagrada da mídia judaica se completa com outro programa muito apreciado, o “Mosaico na TV” (TV Aberta, qua. às 21h). A produção é caprichada e lembra a de um telejornal, com repórteres em Israel e gráficos explicativos.

Exibido ininterruptamente há 51 anos, o “Mosaico na TV” foi eleito pelo Guinness Book o programa mais antigo da televisão brasileira.

A mesma emissora exibe “Negros em Foco”, “Arena Sertaneja”, “Seicho-No-Ie” e “TV Nikkey”, além de um programa só para diabéticos e outro para espíritas.