Folha de S. Paulo
12 de agosto de 2008

Encontros com João Moreira Salles e Vanessa Barbara, entre outros, acontecem hoje e amanhã, na Livraria da Vila

Humberto Werneck, autor de “O Santo Sujo”, fala da experiência com biografias; após as mesas, escritores fazem sessão de autógrafos

Nino Andrés

EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

A editora Cosac Naify e a revista “Piauí” realizam hoje e amanhã, a partir das 19h30, na Livraria da Vila, um miniciclo sobre jornalismo e literatura. Vanessa Barbara, Matinas Suzuki Jr. e João Moreira Salles vão falar sobre reportagem. Já Humberto Werneck e Fernando Morais abordam biografias. As mesas têm mediação do jornalista Cassiano Elek Machado, diretor-editorial da Cosac Naify (leia ao lado).

A partir das 21h, Vanessa Barbara e Werneck participam de uma sessão de autógrafos de seus títulos mais recentes, “O Livro Amarelo do Terminal”, sobre o terminal rodoviário do Tietê, em São Paulo, e “O Santo Sujo – A Vida de Jayme Ovalle”, respectivamente.

Para Werneck, que levou 17 anos preparando o livro sobre Ovalle, o gênero tem um mercado “mais ou menos virgem” no Brasil, onde faltam biografias de grandes nomes, como Getúlio Vargas (1882-1954) ou Mário de Andrade (1893-1945).

“Há um mercado potencial enorme e estou convencido de que o campo é fértil. As pessoas se interessam por gente e histórias de pessoas”, diz Werneck, jornalista com passagem pelas revistas “Veja” e “Playboy” e ainda “Jornal da Tarde” e “Jornal do Brasil”, autor também de “Tantas Palavras”, reportagem biográfica sobre o cantor e compositor Chico Buarque.

Werneck também deve falar sobre as dificuldades de escrever a biografia de Ovalle.

“Uma das maiores dificuldades foi achar um repositório das informações sobre Ovalle, seu veio biográfico. Isso porque ele foi um poeta sem obra e muitos de seus contemporâneos já estão mortos. Foi como juntar os caquinhos de um avião que explodiu a dez mil metros de altitude.”